Sobre o tema da aula:
Em nossa primeira aula exploramos alguns sons que as crianças podem reconhecer e fazer a partir do seu próprio corpo. Essa vivência proporciona uma experiência sonora próxima e marcante, já que mesmo o bebê mais tenro é capaz de produzir barulhinhos. Antes dos três meses, o bebê já é capaz de usar alguns desses sons conscientemente para se comunicar. A partir daí, o interesse por vocalizar e provocar novos sons é crescente, e é com esse rudimento de linguagem que ele também manifesta suas primeiras expressões melódicas, ainda que ainda não tenham um sentido musical, com a compreensão estrita de música que nós, adultos, temos. Dos seis meses em diante, o bebê pode começar a explorar mais detidamente elementos sonoros, analisar e até mesmo reproduzir esses elementos, e.. compor! Quanto mais estímulos sonoros forem lhe dados, quanto mais eles forem incentivados a descobrir e produzir sons, mais seu pequeno cérebro vai criar caminhos de inteligência e sensibilidade que ele poderá levar por toda a vida.
Como foi?
Após a música do bom dia, cantamos com uma música de "palminhas". Cantamos em seguida uma cantiga popular que incentiva os gestos sonoros faciais:
"Nhé, hum
Fez um dia um sapinho pra mim (3x)
E seus olhinhos fazem nhé, nhé, hum!"
Ao fazer "Nhé", estira-se a língua e fecha-se os olhos. Ao fazer "Hum", arregala-se os olhos e faz-se um bico. Bebês são muito atentos as expressões faciais dos adultos, e gostam de imitá-las. Por vezes são capazes de passar muito tempo só olhando e explorando cada cantinho do nosso rosto. Depois, nós os pegamos tentanto imitar nossa forma de sorrir, abrir a boca, conversar... e cantar.O rosto de pais, mães e cuidadores é uma fonte rica de aprendizado e alegria para eles.
Outra canção gestual que exploramos foi a do calango. Essa foi uma das preferidas das crianças! O que uma meia velha pintada de verde pode fazer, não?
"O calango faz assim (balançar a cabeça para frente)
quando diz sim (bis)
Mas não é nenhum bobão (balançar a cabeça par ao lado)
Também diz não (bis)"
Cantamos várias vezes, primeiro para as crianças visuzlizarem os movimentos, depois para imitá-los.
A hora da história foi sobre uma menina que sabia fazer barulhinhos com o corpo todo: bater palmas, pés, estourar bochechas, dar beijinhos, falar com voz fininha e grossa, bater palmas nas coxas, cantar, e até soltar um pum! (Livro "Barulhinhos do corpo", de Elvira Drummond, da série Descobrindo sons, vol. 01). Logo após a hitória veio o jogo sonoro de identificar e tentar reproduzir os barulhinhos escutados durante ela.
A canção de movimento colocou a turminha para pular, explorando os conceitos de dentro e fora. No caso específico dos bebês, o "dentro" era no colo da professora/auxiliar, e o "fora", logo à frente delas. No caso do Infantil I, utilizamos o tapete para delimitar o dentro e o fora. Esses conceitos, que parecem tão simples, são fundamentais para desenvolver o raciocínio lógico-matemático.
A seguir, a canção de percussão corporal pedia:
"Quem sabe fazer comigo assim: (gesto sonoro escolhido pela professora)
assim, assim
quem quiser aprender olher pra mim."
Esses gestos podem ser palmas, beijos, batidas de pés, estalos com a língua e até o "besourinhos" que os bebês apreciam tanto fazer. Todos os adutlos (auxiliares) presentes devem ser incentivados a fazer os gestos também.
Na hora da parlenda utilizamos uma pequena maraca para marcar o pulso:
"Lé com lé, cré com cré (separando e juntando os pés)
um sapato em cada pé
Lé com lé, cré com cré
tem cheirinho de chulé!" (Dar uma batindinha com a maraca, bem de leve, no pezinho da criança)
A música para apreciação da aula, foi a dança alemã, de Tchaikovsky. Fizemos um grande desfile, com as auziliares marchando e dançando no ritmo sugerido pela música. Revezamos as crianças e todas participaram, foi bem divertido!
A canção socializadora foi um jogo de mostrar e esconder as mãozinhas. Para tornar a brincadeira ainda mais legal, coloquei pulserias de guizos em todos os alunos.
Depois brincamos com o martelo sonoro numa música bem sugestiva:
"Toc, toc, toc, bate lá na frente
Toc, toc, toc, corro bem contente
Toc, toc, toc
Bate na cozinha
Toc, toc toc
É minha madrinha"
A princípio o bebê pode não seguir as células rítmicas selecionadas, se preocupando apenas em bater os martelos de qualquer jeito noc hão. É normal, pois ele está se habituando ao novo brinquedo. Mas imponha a marcação do rítmo, batendo fortemente (mas sem assustar) nos tempos certos. Com 8 meses o bebê já é capaz de imitar um gesto percussivo simples.
Concluímos nossa aula com a canção do relaxamento e da despedida.
Dica para os pais
Pesquisas demonstram que para uma música ser bem fixada na mente da criança ela tem que ser ouvida pelo menos três vezes ao dia, durante uma semana. O nome da música e do compositor também devem sempre ser anunciados. Ouvindo passivamente ou dançando, cantarolando, brincando, o importante é que a música seja um momento de prazer. Colocarei aqui, a cada aula, uma música que trabalhamos em sala de aula para ser companhia para você e seu filho em casa, no carro, durante as brincadeiras, no computador... escute, perceba detalhes, preste atenção na reação dele, e curta esse momento com seu filho!
Canção alemã - Tchaikovsky
Dica para os professores
Desde a primeira aula, ensine as crianças que há o momento de pegar e o momento de guardar os instrumentos. Procure não "tomar a força" nenhum objeto para não provocar choro. Peça gentilmente que guardem o obeto, colocando a caixa ou sacola bem na frente delas. À medida que forem vendo os outros guardando, elas vão guardar também, sem precisar que você tire o objeto da sua mão. Isso vai se tornar uma rotina em pouco tempo, e elas mesmas vão procurar a caixa ou sacola par aguardar tão logo percam o interesse no objeto. Esteja atento: quando fizerem isso é sinal que a atividade já se tornou cansativa, e mesmo que você não tenha terminado ainda, dê uma jeitinho de concluir depressa e passar para a próxima atividade a fim de não perder a atenção e interesse delas pela aula. Procure manter o envolvimento o tempo todo. E ensine-as a serem organizadas observando sua organização. A rotina e seus gestos de entrada e saída dão segurança e incentivam a autonomia em bebês e crianças pequenas.
Se por acaso uma criança resistir bastante a devovler o objeto, argumente que você vai mostrar outra coisa em seguida, que depois ela vai brincar de novo. Se ainda assim não adiantar, tente substituir o objeto sonoro por um que não faça barulho e seja pequeno e discreto, para não desviar a atenção de outras crianças. Tenha à mão, por exemplo, bichinhos de feltro ou EVA. para essas ocasiões. Mas tenha certeza que essas resistências serão cada vez mais raras.
(Plano de aula adaptado do livro "Descobrindo Sons", de Elvira Drummond, vol. 01)
Nossa! Quanta coisa! Adorei a música!
ResponderExcluirola. Bom dia
ResponderExcluirGostaria de Saber se vcs tem martelinhos sonoros para musicalização ou se sabem onde vende. Sou da Associação de Musica PioX.
Amei
ResponderExcluirACHEI UM TESOURO, PEÇO A DEUS PELA SUA VIDA, SEU BLOG VAI VE AJUDAR MUITO, MUITO OBRIGADA, MUUITO MESMO DEUS ABENÇOE
ResponderExcluirPor favor, gostaria de saber o nome dos compositores das músicas citadas. Obrigada!
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